quarta-feira, 29 de abril de 2015

PARA 'DESOPILAR O FÍGADO', LIVROS PARA COLORIR




 "Faça um passeio por estes lindos jardins e se aventure em uma caça ao tesouro tão fascinante que todos os seus problemas ficarão para trás."
Este é o convite que a autora e ilustradora escocesa Johanna Basford, faz aos compradores do livro que virou febre mundial -  Jardim Secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse. Já são 100 mil exemplares vendidos no Brasil e ao que tudo indica, esta marca pode ser superada em breve pelo segundo livro da autora, Floresta Encantada.




Mas porque será que a promessa da autora se realiza e os relatos de quem entrou na onda são de que ele funciona como uma espécie de terapia?

De acordo com os editores e autores de livros de colorir para adultos, a razão do sucesso é que esta atividade tem um apelo nostálgico, faz a gente lembrar da infância e do modo descompromissado dessa forma de brincar, onde não era necessário estar acompanhado para ser divertido, não havia cobrança e era relativamente fácil, já que a idéia de colorir uma figura existente é bem menos desafiadora do que fazer um desenho do nada.

Eu concordo que a nostalgia pode ser um dos apelos para o impulso da compra, mas o que faz com que a pessoa termine de pintar todas as páginas do livro, sinta pena de dividir ele com outras pessoas e até compre outros, vai além da saudade da infância.

O que dizem é que mais que um simples hobby, a prática de colorir é enxergada como terapia anti-estresse e também ferramenta para aprimorar algumas habilidades cognitivas, como concentração e precisão.


Minha prima Silvia, a artista do desenho acima, diz pra mim que o livro está funcionando como um 'desopilante do fígado', uma válvula de escape que alivia a pressão do dia-a-dia de uma maneira leve e divertida.

Mais gostoso ainda é se reunir com amigas em uma mesa cheia de lápis e canetas e deixar o tempo passar, pintando e falando ameninades, já que segundo ela: Não dá pra ter nenhum papo cabeça, o colorir exige concentração.

Embora venha de uma família onde o gene do talento artístico para pintura e desenho esteja presente, acabei saindo mais ao lado do meu pai e nunca tive muito sucesso com os trabalhos que exigissem coordenação motora fina e por isso, hoje, só consigo encarar essa prática como forma de tortura. Mas o relato da minha prima me deu uma luz!

É claro, trata-se do tal Mindfulness ou atenção ao momento presente, seguindo o mesmo princípio da meditação e de outras atividades que levam a esquecer do mundo externo e que fazem tanto bem para o cérebro e para o bem-estar. Não dá pra colorir e mexer no celular ao mesmo tempo, não dá pra focar na escolha das cores, em pintar dentro no traçado e assistir TV, é preciso estar ali.

Isso, aliado ao estímulo da criatividade e do sentimento de orgulho, de satisfação de completar uma pintura observada como bonita, ativa o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação de prazer. Quando estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o sentimento de bem-estar e felicidade.

Outro benefício prático é que esta atividade é ótima para os distraídos, por exemplo, pois  estimula a capacidade de concentração, o que também pode ser aproveitado no trabalho e em outros campos.

O que não podemos confundir é achar que a prática é milagrosa para tratar depressão, ansiedade ou outros distúrbios, ela é sim uma boa ferramenta que funciona para quem gosta de pintar, do contrário, como no meu caso, se tornaria uma atividade tediosa e capaz de produzir um efeito contrário.

O fato é que, mesmo que seja uma moda, vem trazendo efeitos muito positivos e eu corri pra garantir o meu, não pra mim, é claro, mas pra minha sogrinha. E nem venha pensando que eu quero amansar a leoa, porque o coração dela eu já conquistei e ela já conquistou o meu.






Fonte das fotos de Johanna Basford:

domingo, 26 de abril de 2015

Fit Your Mind: EXERCÍCIO PARA PRODUZIR FELICIDADE


 




Este exercício é nomeado 'Três Bênçãos' e foi parte de experimentos científicos feitos no Positive Psychology Center da Universidade da Pensilvânia, pela equipe do Dr. Martin Seligman que é considerado pai da Psicologia Positiva. O experimento tinha por objetivo 'produzir' felicidade e bem-estar em pessoas depressivas e os resultados foram impressionantes.

O próprio Seligman contextualiza o valor desse exercício:

"Pensamos muito sobre o que dá errado e nunca o suficiente sobre o que dá certo em nossas vidas. É claro, às vezes faz sentido analisar maus eventos para que possamos aprender com eles e evitá-los no futuro. No entanto, as pessoas tendem a passar mais tempo pensando sobre o que é ruim na vida do que é útil. O pior é que esse foco em eventos negativos aumentam a ansiedade e a depressão. Uma forma de evitar que isso aconteça, é pensar e saborear aquilo que deu certo."
 
O Exercício
Escreva uma carta para você mesmo contando sobre sua satisfação com a vida, sua sensação de bem-estar e nível de felicidade atual. Coloque a carta em um envelope e guarde-o.
E a partir de hoje, todas as noites , tire 2 minutos antes de dormir e anote 3 coisas que deram certo no seu dia e porque deram certo. Anote em um caderno ou em seu computador, o importante é que você mantenha um registro físico destas anotações.
Não precisa ser nada muito elaborado, por exemplo: "Meu marido trouxe meu sorvete preferido hoje quando voltava pra casa do trabalho", como também pode ser algo realmente importante como "Nasceu meu sobrinho. Um menino lindo e saudável". Não se esqueça de responder  a pergunta 'por que isso aconteceu?'  Por exemplo, se você escreveu que o seu marido buscou o sorvete, escreva “porque ele as vezes  é realmente atencioso” ou “porque eu lembrei de ligá-lo do trabalho e lembrá-lo para passar no mercado”. Ou se você escreveu, Nasceu meu sobrinho”, você pode escrever como causa… “Minha irmã fez tudo certo durante a gravidez”.

 
Simples assim. Pode ser estranho escrever os porquês no início, mas com o decorrer das semanas, o exercício se tornará um hábito.
 
Faça isso por 6 meses consecutivos.
 
Passados estes 6 meses, escreva uma nova carta com o mesmo objetivo da primeira. Conte para você mesmo sobre como vê a satisfação que tem pela vida e seu nível de felicidade naquele momento. Compare a primeira carta que escreveu com a segunda e me conte sobre sua experiência!

 
 
Fonte: Flourish: Seligman, Martin. A Visionary New Understanding of Happiness and Well-Being, 2012
 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

UM CAMINHO PARA A FELICIDADE NO TRABALHO


 


Quando falamos de felicidade no trabalho, muitos vêem como antagônica a obtenção de bem-estar e satisfação no curso de suas horas de trabalho e esta suposição é reforçada por um estudo global da Gallup feito em mais de 140 países que aponta que apenas 13% dos funcionários mostram-se efetivamente engajados, satisfeitos e trabalhando ativamente em suas organizações.

Isso se torna ainda mais preocupante quando analisamos a pesquisa Ibope, feita a pedido da consultoria Stanton Chase International de 2013 que constatou que os trabalhadores valorizam mais o bem-estar no ambiente do trabalho do que as perspectivas de crescimento na carreira e o próprio salário.

Este mesmo estudo da Gallup reporta que as empresas com alto número de funcionários satisfeitos e engajados têm grandes benefícios como: maior preço por ação, maior rentabilidade do negócio, maior produtividade, menor turnover e menos absenteísmo.

Parafraseando o estudo, isso acontece porque:

Empregados engajados trabalham com paixão e sentem uma conexão profunda com suas empresas. Eles são inovadores, e movem a empresa adiante”.


“Profissionais não-engajados estão, essencialmente, ‘fora do jogo’. Eles são como sonâmbulos durante o trabalho – eles até podem colocar algum esforço, mas não colocam energia ou paixão.”

E tem mais, funcionários não-engajados além de estarem infelizes, ocupam seu tempo e energia tentando esconder a sua infelicidade e aos poucos acabam contaminando os mais engajados com sua insatisfação. As empresas com baixo percentual de engajamento, acabam perdendo seus profissionais engajados, já que essas pessoas percebem rapidamente que "carregam o piano” sozinhas.

É realmente um círculo vicioso, mas como sair dessa situação e fazer do limão, uma limonada?

 
 
 


Existem 2 papeis fundamentais, o papel da empresa, o qual reservarei para aprofundar em uma outra postagem aqui do blog, onde falarei de ações que as empresas podem tomar para promover felicidade, bem-estar e engajamento no trabalho; E o nosso próprio papel, pois somos nós mesmos os principais agentes da promoção do nosso bem-estar e felicidade.

Segundo o australiano Damian Kristof, wellness coach, quiropraxista e palestrante especialista em promoção da saúde, para se conseguir satisfação no trabalho é preciso trabalhar os 5 fundamentos do bem-estar e explicarei como fazer isso logo abaixo: 

 
 


MOVIMENTO

É preciso estabelecer objetivos e se mover para buscá-los, ser ativo, não somente esperar que as coisas aconteçam. Pare de esperar que seu líder ofereça um novo desafio, que seus colegas mudem ou que você seja promovido para entrar no jogo.

Outro ponto importante é não deixar com que as coisas fiquem sempre iguais. Veja nos relacionamentos, a magia acaba quando o tédio se instala. No trabalho também é assim, o bom e velho, nem sempre é tão bom assim. É preciso inovar no dia-a-dia, trazer desafios e novas emoções.

Cuidado para não achar que precisa mudar de emprego sempre que a rotina e o tédio se instalarem, há sempre outros caminhos para fazer algo novo, um novo projeto, uma nova aliança, uma nova área.

 

NUTRIÇÃO

Nutrição não é somente aquilo que ingerimos pela boca como alimento para o corpo, mas no trabalho, mais importante que isso, é aquilo que ingerimos como alimento para a mente e a forma como isso exerce efeito sobre você.

Muitas vezes somos contaminados por sugadores de motivação, que vivem reclamando de tudo ou vivemos em ambientes onde são tomadas decisões que vão contra nossos princípios e passamos a achar que esta é a forma certa de agir.

Mesmo em ambientes 'contaminados', procure ser um agente positivo da mudança e reserve sempre um tempo para a reflexão sobre seus valores.

Não nutra sua mente com emoções e pensamentos negativos, pois eventualmente, isso pode acabar fazendo parte de você.

Outro ponto da nutrição como fundamento do bem-estar no trabalho diz efetivamente respeito a nutrição literal, pois quem se alimenta bem tende a ter mais saúde física e quem tem disciplina para comer de maneira limpa e saudável, tende a fazer melhores escolhas para si.

 

MINDFULNESS ( OU ATENÇÃO AO MOMENTO PRESENTE)

Manter-se atento ao momento presente, ao que se faz aqui e agora, ajuda a manter a clareza de raciocínio e a própria consciência.


Normalmente no trabalho sempre fazemos muitas coisas ao mesmo tempo e temos nosso pensamento voltado para o que faremos depois. Esta atitude tira o foco do agora e daquilo que estamos fazendo no momento, gerando falta de atenção, maior probabilidade de erros, retrabalhos e consequente, ansiedade. Estamos sempre ocupados e preocupados.

Com isso, não distinguimos o que é essencial daquilo que não é. Nos pegamos no piloto automático, enchendo nosso dia com bobagens que não podem ser controladas ou que não precisam de nossa atenção e perdemos a capacidade estarmos presentes e conscientes  para aquilo que é realmente importante.

Adotar uma postura mindfulness em nosso trabalho bloqueia as emoções negativas, melhora a ansiedade  e o stress.

 

DESCANSO

Descansar é dar ao corpo e a mente uma chance de se recuperar. Precisamos de férias, mas também de momentos de descanso, pausas e intervalos durante o trabalho. Respeitar o tempo para dormir também é muito importante.


É preciso espaço para revigorar e para se curar. Veja o exemplo da atividade esportiva de musculação. Ao levantar um peso, o praticante estressa o tecido até provocar micro fissuras no músculo trabalhado. Caso não dê o tempo certo de descanso entre uma sessão e outra, pode provocar dores e até uma grave lesão muscular. Porém se o atleta fizer o treino corretamente, respeitando o intervalo de descanso entre as sessões, o stress gerado será benéfico e fará com que o músculo não só cresça, mas se torne ainda mais forte.

O mesmo se aplica para o trabalho, o comprometimento te fará melhor se souber dosar períodos de total dedicação com períodos de desligamento.

 

CONEXÃO MENTE E CORPO

Este é o fundamento mais importante para o bem-estar no trabalho, é o que faz a conexão entre o ser e o fazer, é ele que leva ao engajamento. E é também o mais difícil de se conseguir, visto que a maior parte das empresas e seus líderes não estão com o olhar direcionado para fomentar o engajamento de seus funcionários. 

Engajamento é o quanto estou conectado com o meu trabalho e com a organização para a qual me dedico, ou seja, sei qual o propósito da minha função, vejo sentido no meu trabalho, utilizo minhas forças e competências para realizá-lo e por consequência, gosto do que faço.

Ter um propósito é o cerne da longevidade. Tanto na vida como em tudo que se faz. Vemos pessoas que passam a vida devorando picanha, bolos calóricos e biscoitos amanteigados e vivem por muitos e muitos anos, mas dificilmente o mesmo acontece com pessoas que perderam o propósito na vida e razão de existir.
 
 
 

 

Fontes:

Podcast - Career Unpluged by Damian Kristof  Episode 60
http://www.ibe.edu.br/preferencia-do-brasileiro-carreira-ou-bem-estar/

domingo, 19 de abril de 2015

MÚSICA, MINDFULNESS E FELICIDADE



 
Na história da humanidade, a música sempre esteve presente e tem sido usada de diferentes maneiras e, por mais diversa que seja a utilização da música, ela sempre evoca algo comum em todas as circunstâncias:  As emoções.
Cada um de nós tem um repertório musical preferido e privativo que nos traz os mais diversos sentimentos e sensações.  Algumas músicas relaxam, outras motivam, inspiram, alegram, algumas nos fazem chorar e têm aquelas que trazem a tona lembranças do passado.
 Sabemos que essa preferência musical é única e estudos indicam que em certa medida, os gostos musicais de uma pessoa  falam sobre como ela vê a vida, o que ela valoriza, o que a encanta...
O psicólogo Adrian North, da Universidade de Edimburgo, realizou um estudo com mais de 36.000 pessoas e, curiosamente, descobriu que o perfil psicológico de fãs de heavy metal e música clássica é muito parecido. Os achados de North mostram que tanto os fãs do rock pesado quanto da música erudita tendem à introversão e a comportamentos obsessivos e sistemáticos, assim como apresentam criatividade acentuada.
Dentre outras descobertas feitas por North, há dados que indicam que fãs de música country, por exemplo, costumam ser do tipo que trabalham duro e são amigáveis, enquanto os ouvintes de reggae são mais “preguiçosos”, muito embora apresentem auto-estima alta. Ainda, segundo o psicólogo escocês, os fãs de indie music, por sua vez, são mais caracterizados por baixa auto-estima e certa dose de agressividade. Ao passo que os apreciadores da música pop são os mais convencionais de todos e, assim como os fãs de Jazz, extrovertidos. É claro que tudo isso são generalizações, e quando falamos de indivíduos, podem-se ter inúmeras combinações e variações.
Outros estudos feitos pelo Stanford Center for Computer Research in Music and Acoustics falam sobre o poder de cura da música. Ela pode alterar o funcionamento cerebral e tratar uma série de condições neurológicas incluindo déficit de atenção e depressão. Porém,  a proposta que faço neste post não tem foco na cura de desordens e disfunções mentais, mas sim promover a Felicidade através da apreciação da música em Mindfulness.



Proponho uma atividade onde utilizamos a música para produzir o estado de Mindfulness* (ou Atenção Plena) que é um estado cerebral elevado associado à percepção e promoção de emoções positivas. 

Esta prática ajuda a melhorar o estresse, a ansiedade e trás à tona boas emoções. Assim como a meditação, a prática habitual desta 'pausa', ajuda a melhorar o humor, a maneira como vemos o mundo, ajuda na solução de problemas e por consequência, nos enche de satisfação e alegria.

Abaixo está um passo-a-passo feito pelo Mindfulness Coach Patrick Groneman para guiá-lo a obter os benefícios do Mindfulness através da apreciação da música:


- Escolha uma ou mais músicas que aprecie, que te traga paz e emoções positivas.
- Libere um horário em sua agenda onde possa se dedicar exclusivamente a escutar a música escolhida em paz e sem interrupções.
-  Encontre um lugar confortável onde você se sinta capaz de dedicar sua atenção exclusivamente para a música. Arrume este lugar como se fosse o local de um concerto musical. Ajuste a iluminação, a circulação do ar, organize o local e se possível, coloque o aroma de sua preferência.
- Silencie seu celular, feche o computador e avise as pessoas que você não gostaria de ser interrompido pelos próximos minutos.
- Não inicie esta atividade com fome, sede ou qualquer outra sensação física que possa desviar sua atenção da contemplação da música.
- Sente-se ou deite-se de maneira confortável, mas coloque-se com uma postura que permita que fique alerta e não caia no sono.
- Respire profundamente algumas vezes até que sinta que seu corpo está relaxado, concentre-se na sua respiração e na maneira como o ar entra e sai do seu corpo. Faça isso por um ou dois minutos.
- Aperte o play e coloque sua atenção nas sensações e sentimentos que a música transmite.
- Se ao ouvir a música, perceber que sua atenção e pensamentos partiram para outros lugares, volte sua atenção para as sensações da música. Se for interrompido por pensamentos de preocupação e ansiedade, entenda que neste momento dedicado a você, não há nada a ser feito que possa resolver o motivo de sua preocupação. Tudo ao seu tempo. 
- Agora, se a própria música evocar sentimentos, emoções e pensamentos, acolha esta experiência como parte da própria contemplação e apreciação da música
- Conforme a música ou a sessão musical chegar ao fim, agradeça a você mesmo por dedicar este tempo para ouvi-la.
- Leve alguns minutos para digerir a experiência. Você pode fazer isso direcionando a atenção à respiração, meditar ou apenas relaxar e deixar seu corpo despertar lentamente para as próximas atividades do seu dia.







Aproveito para compartilhar com vocês as músicas que fazem parte do meu repertório atual que venho usando para meu exercício de Mindfulness:


It´s true that we love one another - White Stripes

 
 Lonely Boy - Matt Corby  (Incrível!)

 Society - Eddie Vedder

Further on down the road - Jack Johnson e Taj Mahal
Wish you were here - Pink Floyd


Fontes:
http://www.huffingtonpost.com/patrick-groneman/mindfulness-practice_b_3894331.html




sexta-feira, 17 de abril de 2015

QUEM SOU EU


 
Sou Psicóloga Comportamental com pós em Recursos Humanos e extensão em Psicologia Positiva. Estou me especializando em Coaching Positivo e Wellness Coaching.

Tenho 14 anos de carreira, grande parte dedicada à área de Recursos Humanos.  Atuei também na clínica na abordagem da Psicoterapia por Contingências de Reforçamento.

Já andei muito por aí, morei na Inglaterra, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e agora estou em Campinas, minha cidade natal, onde pretendo ficar por muito tempo.

Sou casada e tenho na minha família a minha base. Tenho muitos amigos e não vivo sem eles, são minha fonte de energia. Amo praticar esportes, sou triatleta, adepta da meditação e busco uma vida saudável e equilibrada.

Tenho paixão pelo humano. Acredito que nossa essência é a bondade e que temos forças incalculáveis. Não acredito no impossível.

E é por isso que criei esse blog, uma maneira de compartilhar aquilo que estudo e acredito sobre Psicologia Positiva, Wellness Coaching e Vida Saudável com o objetivo de trazer informações que possam ajudar quem o lê a viver uma vida mais gratificante, equilibrada, com mais alegria e auto-estima.

Sei que obstáculos existem e são muitos os dias ruins, mas posso dizer que sou mais feliz hoje do que fui ontem e confio em um futuro sempre melhor!

 Se quiser fazer contato comigo, me mande um e-mail: fabiana.menegaldo@gmail.com

Espero que gostem!

Beijos

Fabiana Rossi Menegaldo



ALIMENTAÇÃO COM ATENÇÃO PLENA: A prática e seus inúmeros benefícios





São muitas as pesquisas que apontam que distrações enquanto nos alimentamos, como falar ao telefone, assistir TV, olhar e-mails, ter nosso pensamento tomado por preocupações e até mesmo, estar com outras pessoas conversando à mesa, bloqueia em grande parte a possibilidade de perceber o sabor da comida e perceber que estamos saciados.

Um outro problema que nos deparamos em nosso dia-a-dia é a compulsão alimentar. Quem nunca atacou uma panela de brigadeiro, repetiu a torta 5 vezes ou não conseguiu parar de comer Bis até que não havia mais nenhum na caixinha?

Não estou dizendo que devemos parar de compartilhar a mesa com pessoas que gostamos e fazer das refeições um momento de total  isolamento ou de vez em quando, nos deixarmos levar pelo prazer, mas o perigo é fazer disso um hábito. Devemos nos direcionar para uma refeição com o foco na refeição em si e não em distrações. Este comportamento inocente que faz parte do hábito diário de quase todos nós, pode ser o grande responsável por aqueles quilinhos a mais que tanto odiamos e até causar transtornos alimentares, stress e ansiedade.

Vamos fazer um teste?
Tente lembrar do que você comeu em sua última refeição. Agora tente descrever os sabores, os aromas, a textura, lembre-se da sensação e sentimentos que teve ao se alimentar. Quantas vezes direcionou seu pensamento para a compreensão da saciedade?


Se você teve dificuldade em lembrar de alguma dessas coisas ou até de todas elas, você não está sozinho.




Uma nova frente, já bastante difundida nos EUA, mas pouco conhecida por aqui, baseada em conceitos da Psicologia Positiva, da Tradição Budista e do Mindfulness (atenção plena no momento presente), estabeleceu a prática da Alimentação com Atenção Plena (Mindful Eating), a qual propõe que estejamos conscientes de nossas ações, motivações, sensações, sentimentos e pensamentos durante todo o processo de se alimentar. Desde o aparecimento da fome ou gula, passando pela escolha ou preparação dos alimentos, até o processo de digestão.

A alimentação com consciência plena permite que as pessoas passem a se conectar com a experiência sensorial e emocional do comer e pessoas que adotam este comportamento ao se alimentar, descrevem a experiência como um despertar. Relatam ainda que descobriram o verdadeiro sabor dos alimentos, fazendo com que esta ação básica do nosso dia-a-dia se torne ainda mais prazerosa, enquanto aguça a percepção de saciedade.

Outros benefícios da Alimentação com Atenção Plena:

- Aumenta a percepção do que é fome fisiológica e fome emocional

- Trata distúrbios alimentares

- Muda a forma como fazemos a escolha dos nossos alimentos

- Altera o modo como nos relacionamos com nosso próprio corpo e imagem

- Nutre não somente o corpo, mas também a mente

- Aguça a percepção de como a sua alimentação se relaciona com outros seres e com o mundo

- Faz com que você tenha consciência de suas reais necessidades alimentares

- Impulsiona a adoção de hábitos alimentares saudáveis

- Ajuda a controlar a fome e a ansiedade

Como praticar a Alimentação com Atenção Plena:

1) Foque sua atenção no momento presente, abandone toda e qualquer distração, sensorial e emocional.

2) Comece pelo sentido da visão, olhe o alimento, observe, analise cor e textura.

3) Perceba o aroma do alimento, aprecie os ingredientes, grande parte do prazer de comer vem do olfato.

4) Se for preparar a comida, prepare-a com o mesmo foco e atenção. Se tiver que escolher, analise com cuidado e consideração.

5) Coma lenta e calmamente, mastigando bem, sentindo a textura na boca e explorando ao máximo seu sabor.

6) Perceba o seu corpo enquanto come. Perceba o movimento dos seus músculos para a mastigação, os lábios, a língua, o esôfago e o estômago. Preste atenção na sua fome, na sua real necessidade de continuar comendo e de quando parar.

Comece a praticar a Alimentação com Atenção Plena e me conte sobre a sua experiência. Ficarei muito feliz em compartilhá-la com os leitores em outro post aqui do Blog.