quarta-feira, 24 de junho de 2015

BIOMASSA DE BANANA VERDE: POR QUE ELA É TÃO BOA PARA A SAÚDE, COMO PREPARÁ-LA E COMO UTILIZÁ-LA




biomassa caseira de banana verde é uma forma saudável de aproveitar todos os benefícios desta fruta. Antes de amadurecer, quando está bem verde, a banana é rica em amido resistente, um nutriente que contribui para a saúde intestinal, promove saciedade e protege o coração.

A banana  verde, possui uma maior concentração de amido resistente, o AR. Quando a banana amadurece, o amido é transformado em açúcar! O bom de consumir o AR é que ele é resiste à ação das enzimas digestivas e por isso atua como uma fibra insolúvel no nosso intestino delgado, ajudando a regular o trabalho intestinal, aumentando o bolo fecal, reduzindo o esvaziamento gástrico e prevenindo constipação intestinal e as doenças de intestino (hemorróidas, diverticulite, cólon irritável…).No intestino grosso, o AR Ele funciona como um prébiótico, favorecendo a proliferação de bactérias benéficas.

Além de melhorar todo o funcionamento do nosso aparelho digestivo, favorecendo a absorção de nutrientes nos alimentos que consumimos, a banana verde por ser rica em fibras, ajuda a emagrecer,  pois sacia e melhora a produção e utilização do hormônio insulina pelo organismo, favorecendo também a absorção da glicose mais lentamente.

Além desse benefício, do amido resistente, a banana verde possui mais minerais que a banana madura, entre eles o potássio, o fósforo, sódio, magnésio, mangenês, iodo, cobre, alumínio e zinco. De vitaminas, podemos citar as A, C, complexo B! E a banana verde possui no máximo 2% de açúcar!

Como preparar a Biomassa?
 

Ingredientes


·         Bananas verdes (beeem verdes)

Modo de preparo


  • Corte a banana verde do cacho com a ajuda de uma faca ou tesoura, lave as bananas e leve para a panela de pressão com água suficiente para cobrí-las. Tampe a panela, leve à pressão e quando atingir a pressão, abaixe o fogo e deixe ferver por 8 minutos.
  • Desligue o fogo e espere a pressão sair naturalmente (12 minutos).
  • Abra a panela de pressão com cuidado, retire as bananas e abra a banana com a ajuda de uma faca.
  • Retire a polpa, leve ainda bem quente no liquidificador e bata com o mínimo de água até virar uma pasta bem cremosa.
  • Guarde na geladeira por até 3 dias. Se congelada, dura até 1 mês e não perde suas propriedades.

Uma forma prática de utilizar a Biomassa sem se preocupar com o preparo, é comprar a polpa pronta da La Pianezza. Você consegue encontrá-la em lojas de produtos naturais, mas é meio carinha, bem mais barato e rápido é preparar a biomassa.
 
Como usar?

Essa pasta você pode usar em várias preparações, inclusive para celíacos ou quem não come glúten  e você pode preparar panquecas, engrossar molhos, doces e smoothies com ela.

Vou compartilhar  4 receitinha top. Duas delas, criadas por mim. Depois me falem se ficou bom!

Receitas

Brigadeiro de Biomassa de Banana Verde

Ingredientes

·         1 xícara de biomassa de banana verde

·         4 col. sopa de água fervente (ou bebida vegetal de arroz com amêndoas)

·         2 col. sopa de cacau em pó

·         Adoçante sucralose à gosto. Quem quiser pode usar mel ou até mesmo açúcar de coco, mascavo ou demerara, o que você desejar.

Modo de Preparo

·         Peque a biomassa de banana verde, misture todos os ingredientes e leve ao fogo em uma panela funda. Mexa bem até desgrudar do fundo e está pronto para consumir.

·         1 ou 2 gotinhas de essência de amêndoas

·         Não dá para enrolar, apenas para servir de colher ou em copinhos.

·         Se quiser, acrescente chocolate nibs, amêndoas, castanhas batidas, pasta de amendoin diet, whey protein, chips de coco, etc... Use a sua imaginação FIT!


 

Torta de Frango Integral com Biomassa de Banana Verde da Fabi Rossi

Massa

. 4 ovos

. 1 e  ½ xícara (chá) de bebida vegetal de arroz natural ou leite desnatado

. ¼ xícara (chá) de azeite de oliva extravirgem, óleo de girassol ou outro óleo saudável

. 4 colheres (sopa) de biomassa de banana verde

. ½ xícara (chá) de aveia oatbrain, flocos finos ou farinha de aveia

. ½ xícara (chá) de farinha de banana verde

. ½ xícara (chá) de amaranto em flocos ou quinua em flocos

. ½ pacote de queijo parmesão ralado light (se não quiser, não precisa)

. 1 colher (sopa) de farinha de linhaça marrom

. 1 colher (café) de goma xantana

. 1 colher (sopa) de fermento químico em pó

. Gergelim, Linhaça ou Chia para polvilhar

 . Sal marinho ou sal do Himalaia à gosto (se colocar o queijo parmesão, cuidado para não exagerar no sal)

 

Recheio

. 500g de frango orgânico desfiado

. 1 cebola grande em cubos pequenos

. 1 xícara (chá) de palmito picado

. 1 talo de alho-poró em rodelas finas

. 1 xícara (chá) de brócolis, em mini floretes

. 1 cenoura ralada

. 1 abobrinha ralada

. 1 tomate bem vermelho, sem sementes, em cubos médios

. 1 colher (sopa) de azeite de oliva extravirgem ou Manteiga Ghee

. 1 colher (sopa) vinagre de maçã

. 1 colher (sopa) de folhas de tomilho fresco                      

. Sal marinho ou sal do Himalaia à gosto

. Temperos à gosto (cheiro verde, ervas desidratadas, ervas frescas, pimenta do reino, alho, etc)

 

Modo de Preparo

 

Recheio

·         Cozinhe o frango orgânico em uma refoga de cebola, alho, sal e temperos até dar o ponto de desfiar.

·         Desfie o frango e não despreze a refoga.

·         Adicione o restante dos ingredientes (palmito, cenoura, brócolis, abobrinha, alho poró, tomate) e o azeite (ou manteiga Ghee) na refoga até que fiquem mais molinhos.

·         Adicione o frango desfiado, vinagre, temperos e sal, se necessário.

 

*Obs. 1: Se quiser diminuir o sódio da receita, escorrer o palmito da salmoura e deixar descansar por 24 horas na geladeira em água potável.

*Obs 2: Se quiser dar um gostinho especial, com a ciência de que aumentará o sódio da receita, coloque azeitonas verdes bem picadinhas junto com os legumes.

*Obs 3: Se quiser colocar milho e ervilha, opte por frescos, se quiser colocar de latinha, faça o mesmo procedimento do palmito para diminuir o sódio.

 

Massa e torta

·         No liquidificador, coloque todos os ingredientes líquidos: ovos, bebida vegetal de arroz ou leite desnatado, azeite de oliva/ óleo e a biomassa de banana verde.

·         Bata por 1 minuto. Depois, adicione os secos e bata até formar uma massa homogênea.

·         Acrescente o fermento e bata brevemente.

·          Despeje metade da massa em um refratário (30x20cm) untado, coloque o recheio e cubra com o restante da massa. Polvilhe gergelim e linhaça e leve para assar em forno médio, pré-aquecido, a 180 °C durante 30 a 40 minutos. 

·         Quando estiver quase pronto, retire e pincele gemas na massa e volte ao forno para dourar


 

 

 

Focaccia de  Biomassa de Banana Verde com semente de abóbora, azeitona preta e alecrim da Bela Gil

Ingredientes


·         2 ovos de galinha caipira

·         1 xícara (chá) de biomassa de banana verde (veja como fazer a biomassa de banana verde)

·         2 colheres (sopa) de azeite

·         1 pitada de sal marinho

·         1 colher (chá) de açúcar mascavo

·         1 xícara (chá) de água morna

·         1 col. (chá) de fermento biológico

·         1 1/3 xicara (chá) de farinha de arroz integral

·         1 colher (sopa) de psyllium husk (fibra solúvel que ajuda a reduzir o nível de colesterol no sangue. pode ser encontrado em loja de produtos naturais ou farmácias)

·         2 colher (sopa) de semente de abóbora

·         2 colher (sopa) de alecrim fresco picado

·         1/3 xícara (chá) de azeitona preta picada

·         1 limão

Modo de preparo


  • Numa tigela mistura a água morna, fermento e açúcar mascavo. No liquidificador bata os ovos, a biomassa, o azeite e o sal.
  • Passe para uma batedeira e adicione a mistura de água morna, fermento e açúcar mascavo e bata. Acrescente a farinha de arroz aos poucos e bata por mais alguns minutos. Acrescente o psyllium, sementes de abóbora, alecrim e azeitona. Misture bem e despeje a massa numa assadeira untada com oleo ou azeite.
  • Deixe descansar por 30 minutos. Leve ao forno preaquecido a 200ºC por 25 a 30 minutos.

 

Caldinho  de Feijão Azuki  da Fabi Rossi

Ingredientes

·         300g de Feijão azuki orgânico

·         1 cebola orgânica

·         2 mandiocas orgânica ou 1 Inhame médio orgânico

·         4 colheres de sopa de biomassa de banana verde orgânica

·         1 colher de sopa de manteiga

·         1 colher de sopa de gersal

·         3 dentes de alho orgânico amassado

·         1 colher de sopa de chia bem cheia

·         2 folhas de louro

·         25g de algas marinhas Kombu

·         rúcula orgânica bem picadinha

·         Cheiro verde orgânico

·         Sal marinho ou do Himalaia

Modo de preparo

·         Cozinhe o feijão como de costume em panela comum ou pressão com a alga marinha Kombu (a macrobiótica não recomenda cozinhar o feijão na pressão)

·         Cozinhe o Inhame ou Mandioca até ficar molinho

·         Deixe a chia de molho até hidratar

·         Refogue a cebola, o alho com manteiga ghee, sal, gersal e o louro

·         Após cozinhar o feijão com a alga , o inhame(ou mandioca), hidratar a chia, adicionar a biomassa de banana verde, colocar tudo em um liquidificador e bater até virar uma pasta, se necessário adicione um pouco de água potável.

·         Despeje a pasta na refoga e cozinhe mais um pouco  em fogo brando para apurar o sabor.

·         Para servir, adicione a rúcula picadinha e o cheiro verde.

Obs.: Alga Marinha Kombu é usada para cozinhar com feijões (torna as leguminosas mais macias e digeríveis) ou com vegetais, realçando o seu sabor e ajudando na digestão das fibras. É também excelente para fazer caldos de legumes e sopas. Deve ser demolhada/hidratada (se for usar em saladas) e demora algum tempo a cozinhar (30 a 45 minutos). É bastante rica em cálcio, iodo e contém ácido glutâmico, que amolece os legumes e realça o seu sabor.  É também uma excelente fontes de fibra, minerais e fitonutrientes que estudos ainda em andamento apontam sua ação anti-cancerígena e inibidora da absorção de gordura pelo organismo.

Você conseguirá encontrar a Alga Kombu em lojas de artigos orientais.

Fontes:

http://saboridades.net/2014/11/19/biomassa-de-banana-verde-e-receita-de-brigadeiro/

site GNT

 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

ESTRANHO SERIA SE EU NÃO ME APAIXONASSE POR VOCÊ...




De onde vem a paixão? Por que a paixão pode ser cura e doença? Arde como fogo e some como fumaça no ar? E é uma das melhores coisas que podemos sentir na vida?

Para alguns, perguntas sem resposta, para outros pura química. É certo e comprovado que em um encontro apaixonado substâncias fortíssimas são jogadas em nossas veias e os sintomas intensos e avassaladores são sentidos em todo o corpo. Os mais evidentes são o aumento da pressão arterial, da frequência respiratória e dos batimentos cardíacos, calor, sudorese,  dilatação das pupilas, os tremores e o rubor, além de falta de apetite, concentração, memória e sono.  Uma das responsáveis pelas descargas de emoções para o coração e as artérias é a dopamina, um neurotransmissor da alegria e da felicidade liberado no organismo para potencializar a sensação de que o amor é lindo.

Dizem até que se a paixão durar por muito tempo, podemos ter sérios comprometimentos fisiológicos e sociais, uma vez que "o  mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. O barato é tão forte que mesmo sabendo que ficou meio alheio ao mundo, o apaixonado quer que dure para sempre. Quem nunca?

E como o nosso organismo é sábio, todas essas reações tem prazo de validade e acabam ou se tornam estáveis através da liberação de outros hormônios, como por exemplo a oxitocina e vasopressina, responsáveis pela formação dos laços afetivos mais duradouros e intensos, como o da mães, pais e filhos e de casais mais maduros.


Toda a magia do amor não passa de química, ok. Mas o fato é que a paixão e o amor quando acontecem são dos melhores presentes que podemos receber. É claro que boa mesmo é a paixão correspondida, aquela que cura, que melhora o humor, que faz com que o mundo possa estar em guerra e você ali, sorrindo à toa, distraído, só pensando nos momentos vividos com o alvo da paixão. Amor não correspondido é osso, aperta o peito, abre um buraco no chão, é pode levar o sujeito a desenvolver quadros de depressão e ansiedade e gerar sintomas iguais aos da abstinência à drogas de alto poder de dependência.

Pra mim, paixão pode até não ser correspondida, mas triste mesmo eu acho que é passar uma vida toda sem se apaixonar. Há estudos que dizem que pessoas muito racionais e ansiosas, tem a tendência de bloquear as reações químicas da paixão antes mesmo que elas se iniciem. Que dó...

Psicologia e ciência à parte, sou mais romântica e gosto mesmo é do amor predestinado. Amo filmes água com açúcar, histórias de amores avassaladores e acredito em almas gêmeas. Gosto da paixão que não é desencadeada por ferormônios, identificação de traços físicos semelhante, impulsos sexuais ou conveniências.  Pra mim, a razão do amor e da paixão de verdade, aquela que o tempo, percalços, desvios e outros encontros e desencontros não apagam, vem de uma união de almas, que transitam através do tempo e do espaço e que têm o poder de se comunicarem sem palavras, sem toques e permanecerem conectadas por toda a eternidade ...
 

Aproveito que hoje é dia de celebrar o amor e fiz um setlist de músicas inspiradoras pra você que está apaixonado se jogar de corpo e alma:
 
- All Star - Nando Reis
  
- Equalize - Pitty
 
- The Time Of My Life - Bill Medley e Jennifer Warnes

- Fly Me To The Moon - Frank Sinatra

- Oração - A Banda Mais Bonita da Cidade

- Take My Breath Away - Berlin

 - Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim - Ivete Sangalo

 
- Quem de Nós Dois - Ana Carolina
- Seu Olhar - Seu Jorge
- Ainda Bem - Marisa Monte
- Thank You - Dido
- Save Tonight - Eagle Eye Cherry
 
- Nosso Estranho Amor - Caetano Veloso e Maria Gadu

- Patience - Guns N´Roses



Fonte: http://super.abril.com.br/comportamento/a-quimica-da-paixao


 
 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

BATE-PAPO COM BELA GIL E A COZINHA SUSTENTÁVEL


Foi ontem que a chef de cozinha natural Bela Gil fez um workshop em Campinas promovido pelo Ciclo Novo e eu estava lá, atenta pra depois compartilhar aqui com vocês tudo aquilo que ouvi e consegui registrar.

Bela chegou super à vontade diante de uma platéia lotada e fez com que cada um se sentisse batendo um papo com ela em sua sala de estar.  Parecia que dali a pouco ia convidar a gente pra entrar na cozinha e provar seus quitutes saudáveis, mas foi só isso que ficou faltando.

Uma pena que a Bela não cozinhou, mas falou de coisas muito interessantes que não chegaram a ser grandes novidades para quem é assídua no seu programa Bela Cozinha do GNT e leitora do seu blog como eu sou, porém estar ali frente a frente com ela, ouvindo suas opiniões sobre como fazer 'A Revolução de Garfo e Faca' usando a alimentação como ferramenta social, foi super bacana.


Ela começou a conversa fazendo uma pergunta pra gente: O que é alimentação saudável? Muitos responderam: Comer verdura, legumes e frutas, não exagerar em gordura, açúcar e sal, etc. Só que alimentação saudável não para por aí, a verdade é que o alimento não pode fazer bem somente para o corpo, mas também  para a sociedade, para o meio ambiente e para o produtor.

Adepta do Slow Food, movimento que surgiu na Itália em 1886, fundado por Carlo Petrini, toda a sua palestra explorou  os princípios deste movimento que fala do direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção.

Para o Slow Food, a forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia - na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Melhorar a qualidade da nossa alimentação e arranjar tempo para a saborear, é uma forma simples de tornar o nosso cotidiano mais prazeroso.  O Slow Food opõe-se à tendência de padronização e industrialização maciça dos alimento no mundo e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados sobre aquilo que consomem desde a origem até a preparação do alimento.

Bela enfatizou que comida tem que ser Boa, Limpa e Justa. Sendo este o manifesto do Slow Food para a qualidade do alimento:

1) Bom: Deve fazer bem e o sabor e aroma do alimento, reconhecido por sentidos educados e bem treinados, é fruto da competência do produtor e da escolha de matérias primas e métodos de produção, que não devem de maneira nenhuma alterar sua naturalidade.

2) Limpo: O ambiente tem que ser respeitado e práticas sustentáveis de agricultura, manejo animal, processamento, mercado e consumo devem ser levados em consideração. Cada estágio da cadeia de produção agro-industrial, incluindo o consumo, deve proteger os ecossistemas e a biodiversidade, salvaguardando a saúde do consumidor e do produtor.

3) Justo: A justiça social deve ser buscada através da criação de condições de trabalho respeitosas ao homem e seus direitos e deve ser capaz de gerar remuneração adequada; através da busca de economias globais equilibradas; pela prática da simpatia e solidariedade; pelo respeito às diversidades culturais e tradições.


Outro ponto bastante explorado foram os problemas oriundos do consumo exagerado de carnes em geral tanto para o organismo, em função não somente dos problemas gerados pela gordura e pelos hormônios e aditivos, como também para o meio ambiente. Falou do consumo do salmão de cativeiro, cheio de antibióticos e corantes que nos esbaldamos nos sashimis e temakis  acreditando ser comida saudável.


Eu particularmente, vivo há anos um dilema interno com  relação a comer carnes. Em 2010, após ler o livro "Comer Animais" de Jonathan Safran Foer, tornei-me vegetariana e fiquei assim por 2 anos. Voltei a comer carne porque sentia dificuldade em substituir a proteína animal pela vegetal e minha dieta ficou muito desbalanceada para mim que pratico atividades físicas intensas.

Mas o que li foi muito marcante e sempre que lembro do apanhado de dados que Safran Foer traz em seu livro, arrepio: a indústria de carne ocupa cerca de 1/3 das terras do planeta, o setor pecuarista é responsável, globalmente, por 18% das emissões de gás estufa e um só método de pesca, o feito com espinhéis, mata 4,5 milhões de animais anualmente, incluindo 3,3 milhões de tubarões, 60 mil tartarugas marinhas e 20 mil golfinhos e baleias. Além disso, a criação animal usa, a cada ano, 756 milhões de toneladas de grãos e cereais para alimentar aves, porcos e gado bovino, bem mais do que o necessário para alimentar o 1,4 bilhão de seres humanos que vivem em extrema pobreza, cenário que tende a se agravar com o avanço do consumo dos variados tipos de carne em países emergentes como a China e a Índia.


Bela não pediu que parássemos de comer carne, já que nem ela é mais vegetariana, mas que ponderássemos a quantidade consumida e nossas escolhas sobre a origem da carne. Devemos sim, lutar por mudanças que permitam aos animais serem tratados com compaixão e dignidade, de forma que a criação e o abate sejam feitos de maneira que provoque o mínimo de sofrimento possível a aves, porcos, bois e peixes.

Outros pontos bastante explorados foram a importância dos alimentos orgânicos para a saúde, diversificação da alimentação e o exagero do consumo de alimentos industrializados. Bela fez comparações que chamaram a nossa atenção, não compramos um perfume em um camelô porque temos receio de passar o produto e ter alguma alergia, de ele ser de má qualidade, mas compramos um tomate cheio de veneno no hortifruti e damos para nossos filhos comerem. Ou ainda, levantamos a bandeira de que na nossa casa nada se frita, mas na hora da fome passamos no posto a caminho de casa e compramos um saquinho de batata frita. Falou de crianças que vivem no interior na Amazônia, de população quase 100% de origem indígena que debaixo de frondosos pés de frutas maduras, se lambuzam com picolés cor rosa choque reluzente e salgadinhos Fofura.

Foi um bate-papo agradável que mostrou que podemos viver bem com relação a alimentação se comermos menos carne, diversificarmos nossa alimentação, consumirmos menos industrializados e processados, priorizarmos os produtos locais, da terra, crus e livres de agrotóxicos e ainda, se valorizarmos o ato de manusear, cozinhar e preparar o alimento com prazer.

Adorei! :)










Fontes:

http://www.slowfoodbrasil.com/

Comer Animais - Jonathan Safran Foer _ Ed. Rocco